
Domingo com visitação gratuita acontece no dia 27/04
No próximo domingo (27/04), o Museu de Florianópolis Sesc abre suas portas gratuitamente ao público e oferece uma oportunidade especial de imersão cultural e histórica. Além da visita à estrutura do museu, os visitantes poderão participar da “Sessão de Curtas – Abril Indígena”, às 11h, que exibe quatro produções catarinenses voltadas à valorização dos povos indígenas.
Para participar da programação gratuita, basta comparecer à recepção do Museu de Florianópolis e retirar uma pulseira de identificação. A entrada é gratuita e é uma oportunidade para o público ampliar o olhar sobre o passado e o presente dos povos indígenas.
Os curtas-metragens selecionados abordam aspectos fundamentais da cultura, da história e dos saberes indígenas, promovendo reflexões sobre a diversidade étnica e o respeito às tradições ancestrais.
Com essa programação, o Museu de Florianópolis Sesc reitera o seu papel como um espaço de memória que busca revisitar o passado por diferentes ângulos. Ao incluir a produção audiovisual indígena em sua programação, o Museu reforça seu compromisso com a inclusão e a representatividade, mostrando que a história da cidade é composta por múltiplas narrativas, muitas vezes invisibilizadas.
A “Sessão de Curtas – Abril Indígena” convida o público a conhecer e valorizar a resistência e o protagonismo dos povos originários, por meio de linguagens contemporâneas e acessíveis.
A “Sessão de Curtas – Abril Indígena”: conheça as produções
Aqui onde tudo acaba é um curta-metragem experimental, poético que transita entre o documentário e a ficção para abordar uma cultura em extinção, a dos indígenas no Brasil. Trata-se, de modo particular, de uma partilha de saberes realizada na Aldeia Bugio, em todos os estágios de filmagens em 16mm, revelação botânica e captação sonora de modo coletivo. Busca reativar a memória das origens do povo Laklãnõ/Xokleng observando o que se perde com a alienação dos saberes e aculturação praticadas pelo colonialismo.
A sensibilidade do povo Guarani em educar as crianças permanece viva apesar das influências da sociedade contemporânea. Mas os caminhos e esforços dos líderes espirituais e professores indígenas são marcados por dilemas, buscas, encontros e desencontros. Este registro todo gravado em Guarani na Aldeia Yynn Moroti Wherá, em Biguaçu, Santa Catarina, no sul do Brasil, comprova: espiritualidade, simplicidade e verdade são palavras que traduzem “a luz” dos Guarani no seu processo de educação.
Os povos originários de Santa Catarina, assim como os de todo o território brasileiro não tem mais o porquê viverem isolados em suas terras, nós temos direitos de ir e vir lá e cá. Cada povo tem sua singularidade e juntos, se unem por um único objetivo, resistir. Os tempos são outros, as formas de lutar são outras. Mas nem por isso deixamos para trás nosso passado e jeitos próprios de pensar o mundo. Instagram: @italomongconann
Animação curta-metragem criada através das memórias narradas por Gilda Wankyly Kuita e Iracema Gãh Té Nascimento, lideranças indígenas no sul do Brasil. As imagens e os sons foram captados na Terra Indígena Kaingang Apucaraninha (PR), durante o encontro de mulheres “Ga vī: a voz do barro, conversando com a terra”, 2021. O filme conta histórias Kaingang sobre a tradição da cerâmica, o barro, a ancestralidade e as cosmovisões a partir das vozes anciãs.